Em reunião na tarde e noite desta quarta-feira no SINTEPS, os Diretores de Base, os Diretores Regionais, a Direção Executiva do sindicato e os membros do Comando Central de Greve debateram a respeito do "novo plano de carreira".
O SINTEPS possui algumas premissas para o "novo plano de carreira" que foram levantadas pela própria categoria em congresso há alguns anos.
Algumas já são de conhecimento da maioria e passo abaixo a descrever o que foi apresentado e quais foram os balanços feitos pelos participantes da reunião:
- Jornada de trabalho docente com possibilidade da contratação de horistas
Significa que deixaremos de receber por hora aula e passaremos a receber por jornada de trabalho. - Quatro jornadas diferentes: 10, 20, 30 e 40 horas
Se o trabalhador não se enquadrar em nenhuma das quatro jornadas, há a possibilidade (prevista no item 1) dele ser remunerado como horista. É o caso de professores que ministram pouquíssimas aulas no Centro Paula Souza e acabam por trabalhar bem menos que 10 horas.
40% das horas reservadas para atividades docentes (dentro da unidade)
40% das horas reservadas para atividades de pesquisa, reuniões, planejamento, etc.. (dentro da unidade)
20% das horas reservadas para as demais atividades da função (fora da unidade) - Carreira docente única
Entre ETECs e FATECs, o que permitirá o acesso ao docente da ETEC, desde que devidamente titulado, à FATEC, sem necessidade de prestação de novo concurso uma vez que ambas fazem parte do mesmo centro. - Carreiras de Apoio ao Ensino e Pesquisa vinculadas à carreira docente.
É o caso dos auxiliares docente, orientadores docente, bibliotecários e outros, que uma vez tendo a titulação necessária, poderão participar de concursos internos e acessar a carreira docente. - Concursos unificados por região administrativa de governo
Os concursos para docentes não serão mais realizados por unidade e sim por região.
O candidato presta concurso regional e uma vez aprovado poderá lecionar em qualquer unidade da região.
Essa medida diminuirá a "manipulação" das bancas para contratação de docentes bem como reduzirá o controle dos diretores sobre os resultados da banca.
Aquela velha história de (em muitos casos) a banca não aprovar o melhor candidato, mas sim aquele que a direção indica/sugere. - Progressão horizontal e vertical com crescimento por tempo de serviço, titulação e capacitação profissional.
Sem participação de "avaliação do diretor" e outros absurdos que vem sendo propostos pelo Centro Paula Souza.
O funcionário progride por titulação, capacitação (quanto mais estudar, mais progride) ou se não tiver a oportunidade de se aperfeiçoar, uma vez que esses aperfeiçoamentos não são fornecidos gratuitamente pelo Centro Paula Souza, terá o direito a progredir por tempo.
Falou-se no seguinte: Progressão de 2 em 2 anos.
Nos 2 primeiros ela ocorre por titulação e capacitação.
Nos 2 próximos, por tempo.
Ou seja, ainda que o trabalhador não tenha tido oportunidades (financeiras, de tempo, etc) de se aperfeiçoar, ainda assim, o trabalho, a dedicação e a experiência adiquirida por ele não serão descartadas, serão levadas em consideração dentro da carreira.
Obviamente o que puder se titular e capacitar será contemplado com duas progressões em 4 anos enquanto o outro será apenas com uma.
Cabe ressaltar que na reunião do dia 21/6/2011, a Superintendência veio com uma "conversinha" de progressão horizontal e vertical, ambas baseadas na meritocracia!
Oras, se tanto horizontalmente quanto verticalmente, o critério para progressão será o mérito, isso é mesmo progressão "horizontal e vertical"?
Não se pode chamar esse tipo de progressão de "horizontal e vertical"! CUIDADO! É apenas mais um engodo! - Regime Júridico
Precisa-se definir se todos os trabalhadores serão regidos pela CLT, se voltaremos a ser todos autárquicos ou se manteremos misturado os dois regimes (como é atualmente)
Essa, assim como todas as outras premissas, também precisa da reflexão dos trabalhadores e de propostas!
Nada dessas premissas será apresentada SEM O AVAL DA CATEGORIA pois, mais uma vez lembrando, o sindicato não é uma empresa, não é um orgão que toma decisões sozinho, é uma associação dos trabalhadores da categoria e nós, em conjunto, precisamos discutir esses tópicos! - Incentivo à capacitação docentePropõe-se que seja criada uma estrutura dentro do Centro Paula Souza na qual os docentes mais antigos ou com mais experiência possam capacitar os demais.
Não confundir com o que já ocorre em algumas unidades, por iniciativa própria.
Queremos algo regular, toda uma estrutura reconhecida e funcional que parta do Centro Paula Souza com a capacitação oficial dos demais trabalhadores, com certificados, algo sério!
Condições plenas para a implementação desta estrutura, nós já temos e sabemos disso, só falta a boa vontade da Superintendência em aprovar e colocar em prática.
Além disso, defende-se que, por exemplo, um funcionário administrativo que entrou no Centro Paula Souza com nível fundamental e depois disso concluiu o médio, por exemplo, ainda que continue no mesmo cargo, receba um percentual a mais em sua remuneração.
Se o estudo tiver relação com a ocupação, o funcionário receberá um incentivo maior;
Se o estudo não tiver relação com a ocupação, o funcionário receberá um incentivo menor, mas ainda assim, receberá, uma vez que sabe-se que tudo que se aprende, direta ou indiretamente contribui para o aperfeiçoamento do indivíduo e em consequência, reflete em melhorias na sua qualidade enquanto profissional. - Concurso de acesso de acordo com a escala evolutiva das funções
- Valorização salarial de TODOS os trabalhadores do CEETEPS
- Definição de Política Salarial
Defende-se o retorno dos indices do CRUESP anualmente. - Ingresso nos níveis iniciais, mas com primeiro enquadramento levando em consideração experiência profissional e titulação
Desse modo, se um trabalhador graduado estiver no nível 2 (vertical) de carreira enquanto graduado e fizer um doutorado, ele passa diretamente para o nível 1 (vertical), mas da coluna (horizontal) de doutor.
Todas essas premissas devem ser discutidas desde já pelos trabalhadores!
Conseguiremos tudo isso?
Só depende da união da própria categoria, através da qual o sindicato ganha sua força!
Lembrem-se que no inicio do ano o Governador Geraldo Alckmin anunciava que não daria reajustes para NENHUM SERVIDOR pois essa não era a POLÍTICA DESTE GOVERNO!
Acredito pessoalmente que a categoria sendo informada, discutindo em conjunto, levantando propostas, participando das reuniões sindicais (ou seja, da categoria!) (para muitas das quais recebemos o efetivo exercício não sendo prejudicados nem financeiramente nem em pontuação), se mobilizando quando se fizer necessário a mobilização, podemos conseguir tudo isso e muito mais.
Acredito pessoalmente que a categoria sendo informada, discutindo em conjunto, levantando propostas, participando das reuniões sindicais (ou seja, da categoria!) (para muitas das quais recebemos o efetivo exercício não sendo prejudicados nem financeiramente nem em pontuação), se mobilizando quando se fizer necessário a mobilização, podemos conseguir tudo isso e muito mais.
O Governo e a Superintendência não querem nada de benefícios para os trabalhadores do Centro Paula Souza, e nós? Vamos batalhar juntos por nossos direitos ou cruzar os braços, abaixar as cabeças e aceitar o que nos impuserem?
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