segunda-feira, 28 de maio de 2012

Supremo Tribunal Federal reconhece direito à isonomia para os trabalhadores do Centro Paula Souza


STF reconhece direito à isonomia para os trabalhadores do Centro. Solução jurídica para a conquista desse pleito histórico fica mais próxima


25/5/2012

Nos últimos anos, o Sinteps propôs várias ações de isonomia, pleiteando que o Centro repasse aos seus trabalhadores os mesmos percentuais pagos ao pessoal das universidades estaduais paulistas, uma vez que o Ceeteps é vinculado legalmente à Unesp. Como se sabe, o governo estadual deixou de cumprir a lei e nos repassar estes reajustes a partir de 1996, após a chegada do PSDB ao poder.

A assessoria jurídica do Sinteps informa que as ações de isonomia foram impetradas por todo o estado de São Paulo, tanto na esfera cível como na esfera trabalhista. Algumas ações foram ganhas, outras não (muito embora a base argumentativa de todas seja a mesma).

No início de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o pleito do Sinteps. Ao julgar um recurso extraordinário, proposto contra uma decisão que assegurava o pagamento da isonomia salarial a um grupo de filiados, a ministra do STF Carmem Lúcia proferiu uma decisão muito importante para os trabalhadores do Centro Paula Souza. O STF entende que todos os professores e funcionários do Centro têm direito à isonomia, não importando em que condição foi contratado. Essa decisão encerra a polêmica existente sobre o tema.

“Tendo em vista que um pequeno grupo de filiados perdeu a ação de isonomia, com base nessa decisão do STF poderemos tentar reverter a decisão”, explica o advogado Jamil Hassan, do Sinteps. “Para isso, teremos que ajuizar uma ação específica, chamada de ação rescisória, que serve para desfazer as sentenças proferidas contra nós, de modo que seja respeitado o entendimento do STF. Porém, não podemos afirmar que essas ações serão bem sucedidas, pois ainda há chance de os tribunais contrariarem aquela decisão, mas temos que tentar.”

O advogado do Sinteps explica que a ação rescisória só pode ser proposta num prazo de até dois anos contados da extinção dos processos de isonomia. “Assim, se o seu processo foi extinto, ou seja, se você perdeu a ação, a partir de maio de 2010, poderemos ajuizar essa ação diretamente no tribunal”, enfatiza.

Hassan alerta, no entanto, que há um problema, relacionado ao custo dessa ação, que é alto. “O Sinteps não tem condições financeiras de arcar com tal despesa. Se a ação rescisória for proposta na esfera cível, deveremos recolher como custas para o Estado a quantia de 5% do valor da causa. Se ganharmos, o valor é restituído. Se a ação rescisória for proposta na justiça do trabalho, o valor das custas será de 20% e, da mesma forma, se ganharmos será devolvido”, detalha o advogado. Ele destaca que ainda temos a chance de pedir justiça gratuita, algo que em regra é concedido aos filiados do Sinteps.

Assim, quem tiver interesse em tentar reverter a decisão desfavorável nas ações de isonomia, deve enviar um e-mail para o jurídico do Sinteps ( juridico@sinteps.org.br ), a fim de que os advogados avaliem se ainda é possível ajuizar a ação rescisória. “Sendo possível, iremos ajuizar pedindo justiça gratuita. Se não for concedida, caberá ao filiado o recolhimento das custas”, explica Hassan. Ele conclui dizendo: “Contamos com a colaboração de todos nessa nossa nova luta. Não podemos deixar o Ceeteps acabar com os salários da categoria. Temos que garantir ao menos que a lei seja cumprida. Infelizmente, temos que acionar o judiciário para forçar o Estado a cumprir suas próprias leis.”

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Terça-Feira - Ato e Debate pela Democratização do Centro Paula Souza


Dia 22/5 as 15 horas, o SINTEPS Sindicato dos Professores e Funcionários das ETECs e FATECs promoverá DEBATE PELA DEMOCRATIZAÇÃO DO CENTRO PAULA SOUZA com transmissão ao vivo pela Internet e interatividade em tempo real. 


Um ato público será realizado em frente ao prédio da superintendência a partir das 13:30 pelo atendimento às reivindicações trabalhistas 2012 e também, impulsionar a campanha pela democratização das estruturas de poder do Centro (eleições diretas e paritárias para a superintendência do Ceeteps, com igual peso para professores, servidores técnico-administrativos e estudantes).


Todos que desejarem participar, a Baixada Santista terá vans para fazer o traslado gratuitamente, com saída do estacionamento da ETEC Escolástica Rosa

As vagas devem ser reservadas com antecedência enviando-se um e-mail ao endereço sintepsbs@gmail.com solicitando a reserva.

CONVIDADOS PARA O DEBATE:

  • João Zanetic – Professor da USP, diretor da Associação dos Docentes da USP (Adusp).
  • Gregório Motta Gold – Dirigente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
  • Silvia Elena de Lima – Professora do Ceeteps, diretora do Sinteps.
  • Neusa Santana Alves – Presidente do Sinteps.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Vale coxinha dobra de valor, mas continua vergonhoso

http://sinteps.org.br/news0388.htm

Vale coxinha dobra de valor, mas continua
vergonhoso
7/5/2012
Após 12 anos de congelamento (isso mesmo!), o governo Alckmin finalmente anunciou uma correção para o vale alimentação do funcionalismo paulista. Ele foi reajustado dos atuais vexatórios R$ 4,00 para R$ 8,00. Se dependesse do governo tucano, o valor continuaria congelado, mas, frente à pressão dos funcionários públicos e a diversas ações na justiça (inclusive do Sinteps), não dava mais para manter o benefício na geladeira. 
A corrosão no valor era tão grande que nem mesmo uma correção de 100% consegue deixar o vale digno. Os R$ 8,00, válidos a partir de 1º de maio, estão longe de cobrir os custos de uma refeição decente. Além disso, o vale continua limitado a uma parcela dos servidores (que ganham até R$ 2,6 mil), como se nem todos os trabalhadores precisassem comer. 
O Sinteps já apresentou vários estudos mostrando que, na maioria das autarquias de regime especial (como é o caso do Centro), o valor é de, no mínimo, R$ 15,00 ao dia. Nas universidades estaduais paulistas (é bom lembrar que o Centro é vinculado legalmente à Unesp), gira em torno de R$ 30,00. Este é um dos pontos da nossa Pauta de Reivindicações 2012 e queremos discuti-lo com o governo.

Quando 6 é maior que 10!


http://sinteps.org.br/news0389.htm
Quando 6 é maior que 10!  
Proposta de reajuste do governo para a data-base 2012 é ínfima diante das nossas perdas. Nenhum outro item da pauta foi negociado

No dia 25 de abril, após muitas reuniões desmarcadas, finalmente a direção do Sinteps foi recebida na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, com a presença da superintendente do Centro Paula Souza, professora Laura Laganá. O objetivo era conhecer a proposta salarial do governo para os trabalhadores do Ceeteps, que têm data-base em 1º de março. 
O índice anunciado foi de 10,2% para todos (professores, auxiliares docentes e servidores técnico-administrativos, da ativa e aposentados). Segundo a superintendente, o governo priorizou a discussão do reajuste e, a partir de agora, dará andamento às demais reivindicações que compõem a nossa pauta, mas sem qualquer expectativa de data.

Quanto vale
O anúncio do reajuste precisa ser avaliado sob alguns aspectos importantes. Em primeiro lugar, tanto os representantes da Secretaria de Desenvolvimento, quanto a superintendente, não conseguiram esconder o fato de que o governo se movimenta sob a pressão da mobilização da categoria em 2011. O temor de uma nova greve, como a do ano passado, especialmente em ano eleitoral, faz com que o governador Geraldo Alckmin se movimente como não costuma ser habitual no meio tucano. Nos anos anteriores a 2011, quando quase não houve mobilização por parte da categoria, o reajuste foi zero seguidas vezes.
Reunida no dia 27 de abril, a direção do Sinteps (Conselho de Diretores de Base, diretores regionais e executivos) avaliou que o índice de 10,2%, válido a partir dos salários de julho (pagamento somente em agosto, sendo que nossa data-base é março, instituída pelo próprio governo), é minúsculo diante das enormes perdas que levaram nossos salários ao absurdo patamar dos mais baixos na educação do Sudeste.
Além de considerar baixo o índice proposto, a direção do Sinteps destaca que não há nenhuma garantia de que o governo vá negociar (e quando) o restante das reivindicações (veja abaixo). Nossa pauta tem 10 itens e somente um entrou em discussão até o momento. 
As perdas históricas e a recomposição de outras perdas sequer vieram à baila nas discussões. A nova carreira poderia corrigir estas distorções salariais, mas o Centro e a Secretaria de Desenvolvimento fazem mistério da proposta que apresentaram à Secretaria de Gestão e esta, por sua vez, enrola desde o ano passado para divulgá-la.
Por isso, a indicação à categoria é de mobilização. Se não mostrarmos claramente ao governo nossa insatisfação, teremos que engolir apenas os 10,2% e esquecer o restante da pauta.

O quanto reivindicamos
A reivindicação econômica é composta de 10 itens. Em relação ao reajuste salarial, são 3 os tópicos, que precisam ser negociados de conjunto. Ou seja, não está correto comparar os 10,2% oferecidos pelo governo com o item 1 da pauta. É preciso compará-lo com a soma dos três itens salariais:

ITEM 01 – REAJUSTE SALARIAL - Reajuste dos salários vigentes em março de 2012, mediante aplicação de índice de reajuste salarial de aproximadamente 6% (ICV/Dieese de março/2011 a fevereiro/2012) linear e idêntico para os trabalhadores do Ceeteps, que representa a inflação oficial medida pelo Dieese no período de março de 2011 a fevereiro de 2012.

ITEM 02 – RECOMPOSIÇÃO DAS PERDAS SALARIAIS – Reajuste de 12% para os docentes; 10% para os auxiliares de docente e 5% para os administrativos, para recompor as perdas do não enquadramento automático para todos em junho de 2011, retroativo a junho de 2011. Reajuste de 7% para os trabalhadores administrativos que tiveram equivalência salarial com a Lei 1080/2008, retroativo a junho de 2011.

ITEM 03 – RESGATE DAS PERDAS HISTÓRICAS – Reajuste em março de 2012, nos valores de acordo com a tabela abaixo, para recompor as perdas históricas da categoria pela não aplicação dos reajustes do Cruesp, desde 1996.
Ano
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
total
Cruesp
7,63
10,0
3,0
0
22,85
6
8,0
14,5
7,05
7,94
2,54
4,87
6,51
6,05
6,57
8,4
218,38%
Ceeteps
0
0
10
0
0
0
5
0
10
20 e 11
0
0
0
0
0
11
69,23
56,54
Ou seja, 88,14% para os docentes e 103,38% para os auxiliares docentes e funcionários administrativos.

E mais...
Além da questão salarial, presente dos três primeiros tópicos da nossa pauta, outros sete itens igualmente importantes não foram discutidos. Entre eles, está a legislação sobre a Segurança e Medicina do Trabalho, que não é respeitada pelo Ceeteps, causando-nos prejuízos financeiros e funcionais. Temos a reivindicação da sexta parte, da licença maternidade de 180 dias, a política salarial e demais benefícios como vale transporte, cesta básica, plano de saúde e outros. Todos poderiam e deveriam ser resolvidos com a nova carreira, mas, ao que parece, ela só vai sair do papel se pressionarmos o governo. Confira os demais itens da nossa pauta:

ITEM 04 – CUMPRIMENTO DA LEI 11. 738/2008, Lei do Piso Nacional - A Lei 11.738/2008 estabelece, além do piso salarial, também o cumprimento de, no máximo, 2/3 da carga horária do professor em sala de aula. Nas ETECs do Ceeteps a lei não é cumprida, o que representa, além de prejuízo salarial, uma perda da qualidade da preparação do trabalho docente. Reivindicamos a imediata aplicação da lei, já em atraso desde 2008. (Sem proposta até o momento)

ITEM05–VALE TRANSPORTE
O Ceeteps fornecerá vale-transporte a todos os servidores docentes e técnico-administrativos, sem limite de vencimentos e correspondente à cobertura do deslocamento do trabalhador nos dias efetivamente trabalhados no mês, pelo menor ônus possível de ser praticado, devendo ainda fornecer para prestação de serviços em horário extraordinário aos sábados, domingos, feriados e dias compensados. O Ceeteps realizará o pagamento deste benefício em dinheiro, através de crédito em folha de pagamento como fazem muitas secretarias de estado, dando ao trabalhador o direito da opção por vale transporte ou vale combustível. (Sem proposta até o momento)

ITEM 06 – VALE - ALIMENTAÇÃO – O Ceeteps fornecerá vale-alimentação a todos os servidores docentes e técnico-administrativos, sem limite de vencimentos e correspondente a quantidade de dias efetivamente trabalhados no mês, no valor facial de R$ 30,00 (trinta reais), de fácil aceitação no comércio, em tempo hábil para sua utilização, devendo ainda fornecer aos funcionários que prestarem serviços em horário extraordinário em jornada igual ou superior a 4 horas de trabalho aos sábados, domingos, feriados ou dias já compensados. (O governo anunciou o valor de R$ 8,00, a partir de 1º de maio, para todo o funcionalismo paulista)

ITEM 06 A – AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO – O Ceeteps instituirá programa de auxílio alimentação para os trabalhadores da autarquia, em efetivo exercício, que apresentarem os 2.000 menores índices de salário familiar, que se calcula pela divisão dos vencimentos do trabalhador, pela quantidade de dependentes indicados para fins de Imposto de Renda, incluindo o próprio servidor. (Sem proposta até o momento)

ITEM 07 – ATESTADOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE - O Ceeteps implantará nas unidades de ensino o Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMET, nele incluídos os procedimentos para fins de abono de faltas dos trabalhadores regidos pela CLT. Enquanto o Ceeteps não cumprir a legislação, aceitará o Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho do Sinteps, que realizará os procedimentos para fins de abono de faltas dos trabalhadores do Ceeteps. (Sem proposta até o momento)

ITEM 08 – PLANO DE SAÚDE – O Ceeteps fornecerá assistência médica, hospitalar e odontológica, definida como “plano referência da saúde” no artigo 10 da Lei 9656/98, aos servidores docentes e técnico-administrativos, cônjuge e dependentes diretos e/ou equiparados, com o menor ônus­ possível de ser praticado. (Sem proposta até o momento)

ITEM 09 – ESTABELECIMENTO DE POLÍTICA SALARIAL - A legislação sobre os vencimentos dos trabalhadores do Ceeteps aprovada em 2008, lei 1044/08, não prevê o estabelecimento de política salarial, muito embora a legislação estadual preveja a DATA BASE do funcionalismo público estadual para o mês de março. Como o Ceeteps é uma autarquia de regime especial, fazendo parte da administração indireta do Estado, é possível o estabelecimento de uma política salarial específica para seus trabalhadores. Reivindicamos que tal política salarial seja a que já está prevista no instrumento legal Resolução Unesp 63/92. (Sem proposta até o momento)

ITEM 10 – CARREIRAS DOS TRABALHADORES DO CEETEPS – Estabelecer um cronograma de reuniões do Sinteps com a equipe de trabalho da superintendência e do governo estadual, responsável pela elaboração da proposta institucional, durante o mês de março, a fim de esclarecermos as propostas dos trabalhadores, protocoladas em dezembro de 2011, bem como tentarmos elaborar uma proposta final que atenda aos anseios da categoria antes da propositura do projeto de lei complementar na Assembleia Legislativa de São Paulo. (Sem resposta até o momento)

terça-feira, 1 de maio de 2012

CDB considera reajuste de 10,2% insuficiente e cobra resposta ao conjunto da pauta


27/4/2012

CDB considera reajuste de 10,2% insuficiente e cobra resposta ao conjunto da pauta

Nesta sexta-feira, 27 de abril, a direção do SINTEPS (Conselho de Diretores de Base, diretores regionais e executivos) reuniu-se para avaliar a proposta apresentada pelo governo na negociação realizada em 25/4. A avaliação unânime é que o reajuste oferecido (10,2%), válido a partir dos salários de julho (pagamento somente em agosto, sendo que nossa data-base é março), é baixo diante das nossas enormes perdas salariais, que levaram nossos salários ao absurdo patamar dos mais baixos na educação do Sudeste. 

Além de considerar baixo o índice proposto, a direção do Sinteps destaca que não há nenhuma garantia de que o governo vá negociar (nem quando) o restante das reivindicações (veja a pauta clicando aqui).

Por isso, a indicação à categoria é de mobilização. Se não mostrarmos claramente ao governo nossa insatisfação teremos que engolir os 10,2%.

22 de maio tem ato

O momento é de ampliar a conscientização entre os trabalhadores. Converse com o colega e mostre a ele a importância de nos mobilizarmos. No dia 22 de maio, a partir das 13:30, faremos um ato público em frente ao Centro Paula Souza, em São Paulo. Vamos lutar pelo atendimento das nossas reivindicações e, também, impulsionar a campanha pela democratização das estruturas de poder do Centro (queremos eleições diretas e paritárias para o cargo de superintendência do CEETEPS, com igual peso para professores, servidores técnico administrativos e estudantes).

Monte sua caravana e participe. No caso do pessoal do interior, a orientação é entrar em contato com o Sindicato, para acertar os detalhes da vinda (escrever para Érica, no erica.adm@sinteps.org.br)

A hora é de mobilização!