segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Retomada da Greve

Apesar de tudo que se disse, que se fez, enfim, que ocorreu e que desanimou muitos colegas quando da suspensão da GREVE em junho, pessoalmente gostaria de lembrar a todos que, tendo ou não ocorrido falhas, tendo ou não sido "errado" a suspensão da greve naquele momento, enfim, quero deixar claro que, independente do que tenhamos tido de problemas, a nossa greve trouxe conquistas.

Conquistas estas insuficientes, sem sombra de dúvidas, para trazer o contentamento de nossa categoria.

Conquistas estas que até o momento não foram oficializadas.

Conquistas estas que temos a oportunidade de aumentá-las tão logo o projeto de lei entre na Assembléia Legislativa, se tornarmos a nos unir.

Metade da batalha já foi travada e independente de qualquer coisa, neste momento temos dois caminhos a escolher: 
  1. Percorrer a outra metade e terminar o que começamos conquistando e reconquistando nossos direitos, fazer a greve durante o tempo em que o projeto estiver tramitando pela Assembléia, comparecer aos atos, às sessões plenárias e mostrar para esse Governo do Estado e para a Superintendência do Centro Paula Souza que não somos vaquinhas de presépio e que não vamos mais admitir que nos açoitem e nos dividam ou...
  2. Remoer magoas, melindres, nos deixarmos abater por toda pressão que já foi colocada pela Superintendência, pelo Governo do Estado, pelas coisas que julgamos erradas dentro da estrutura do nosso sindicato, abaixarmos nossas cabeças e continuar aceitando, calados, o que quer que nos imponham.

Principalmente quanto à revolta em relação à contagem de votos no dia da suspensão da greve em frente à Secretaria de Tecnologia, acredito no ditado que diz: "roupa suja se lava em casa" (e teremos que lavar, sem dúvida), mas em casa, depois de terminado essa batalha...

A grande maioria de nós é da área técnica e fazendo um paralelo entre o processo de greve e projetos, sabemos muito bem que todo projeto inicia com milhares de expectativas... No seu decorrer no entanto, muitas delas são frustradas, muitas pessoas de diversas equipes nos decepcionam, erram, e mesmo assim, o projeto continua, cumprindo seu cronograma até o fim... Apenas após totalmente concluído e implementado, fazemos a reunião de finalização, na qual todos os erros e falhas serão levados a tona e discutidos, todo o projeto será revisto para que o próximo seja melhor do que o que passou...

Nunca se interrompe um projeto no meio por conta de frustrações, falhas, por piores que sejam, contornam-se os problemas como for possível pois é mais do que sabido que a análise das falhas estruturais durante o processo nunca é benigna, não trás avanços, divide as equipes e leva o projeto ao fracasso...

Todo e qualquer profissional que já tenha gerenciado um projeto sabe muito bem que é ao final do processo, depois de entregue, que o projeto será revisto e aí sim, deve ser feita dura auto-crítica para que os erros não tornem a repetir e já traçar estratégias para evitá-los: "cortar cabeças", alocar melhor os recursos, acertar os cronogramas, enfim...

É essa impressão que tenho e que gostaria que todos os colegas captassem e refletissem fazendo o comparativo com a luta de nossa categoria...

Abandonar o barco neste momento é perder todo o trabalho que realizamos enquanto categoria desde antes do dia 13/5/2011 até agora...

http://www.sinteps.org.br/news0317.html

Sobre a retomada da greve


Na reunião do dia 28/7, foi feita uma análise da situação pós-greve. 

A avaliação é que o descontentamento da categoria ainda é grande
Nenhum
dos compromissos assumidos pelo governo (reajuste de 11%, progressão para as faixas iniciais de docentes e auxiliares docentes, equivalência para parte dos administrativos) tornou-se realidade até agora. 
A informação é que o projeto de lei contendo estes tópicos será enviado para a Assembleia Legislativa ainda em agosto, sendo retroativos a 1º de julho (no caso dos 11% e da equivalência dos administrativos) e a 1º de junho (no caso da progressão para docentes e auxiliares docentes).

Quando o projeto chegar à Assembleia, o Sindicato apresentará emendas propondo:
  • Progressão automática para todos.
  • Maior reajuste salarial para todos.
  • Vale alimentação de R$ 20,00 para todos.


A proposta discutida na reunião de 28/7 é retomar a greve, por tempo determinado, a partir da entrada do projeto de reajuste e das “melhorias” propostas pelo governo, até o final da votação na Assembleia Legislativa

A greve teria início com uma passeata a partir do Vão do Masp até a Assembleia, com acampamento (dependendo do número de pessoas).


Serão produzidos panfletos para mobilização da categoria durante os ‘Seminários de Carreira, Democratização do Ceeteps e Defesa do Vínculo à Unesp’ e antes da entrada do projeto, reproduzindo o teor das nossas emendas.

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